Ah sim hei-de
ser gôndola em Saturno
onde o meu
navegar será nascente
de sonhos de
nudez resplandecente
na frescura da
luz de um sol nocturno
taciturno bosque
de onde o verde
está ausente
bosque cinzento
em cinza de gente
diurno hás-de
ser
porque hei-de
ser azul olhar de flor
porque hei-de
ser sul em salto de rã
hei-de ir
embora sim ir rumo à cor
far-me-ei romã
sim Ah sim, ser!
deixarei a dor
de triste bosque
a gritar amanhã
em gruta de agora
Soares Teixeira – 12-11-2014
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