quinta-feira, 22 de junho de 2023

EXPOSIÇÃO DE MARIA ANTÓNIA NEUPARTH ALEXANDRE

Recomendo vivamente uma ida ao Centro Galego de Lisboa para apreciarem a belíssima exposição da artista Plástica Maria Antónia Neuparth Alexandre. Fui à magnífica inauguração, dia 15 de Junho. A curadoria é da fantástica Olga Maria Sousa. Mais digo, que o palacete onde funciona a Xuventude de Galicia - Centro Galego de Lisboa, na Rua Júlio de Andrade - perto Campo dos Mártires da Pátria - é lindíssimo.

 

Soares Teixeira e Olga Maria Sousa

             Olga Maria Sousa e Soares Teixeira

 

domingo, 11 de junho de 2023

"PRINCÍPIO" - SOARES TEIXEIRA

 

Lembras-te?
Hesitámos, mas o sim do corpo
foi vinho
e nós, cerejas enlaçadas,
rolámos como lua única
de um planeta distante,
num outro sistema solar
 
Noivos de orvalho,
atirámos uma corda ao céu,
e por ela subimos
abraço a abraço,
beijo a beijo,
elevando-nos sempre
pelas alturas da nossa luz
 
Fontes do tempo
fomos o próprio tempo
e, de nós, completos,
saíam os estandartes
que anunciavam
o fim do sono do amor
e o princípio de outro mar
 
 
 
Soares Teixeira
(© todos os direitos reservados)
 
- a ser reeditado em livro meu a sair em 2023 -

sábado, 10 de junho de 2023

SOBRE A MINHA LEITURA DE 'OS LUSÍADAS'

 


Para a minha leitura expressiva de “Os Lusíadas “, de Luís de Camões, que está no meu canal do Youtube, segui a edição Princeps de 1572, disponibilizada no sítio da Biblioteca Nacional Digital e que acompanha a leitura, guiei-me também pela Edição Crasbeeck de 1613, comentada por Manoel Correa e disponibilizada no sítio da Biblioteca Nacional Digital, pela Edição Anotada de Francisco Sales Lencastre, Livraria Clássica Editora, 1927, disponibilizada na Internet, pela Edição organizada por Emanuel Paulo Ramos para a Porto Editora e pela edição do Instituto Camões, com Leitura, Prefácio e notas de Álvaro Júlio da Costa Pimpão. 

Para esta leitura, de permanentes e exigentíssimos desafios, não contei com qualquer apoio. Desde o primeiro instante que senti a colossal responsabilidade e risco que seria fazer o que me propunha, num texto ímpar, de transcendente beleza, complexidade e importância. Estive sempre só e muitas vezes a leitura era uma total vivência das palavras, com grande carga emocional, posso mesmo dizer que estive dentro da Epopeia e para isso contribuiu em muito o facto de eu ter sido Oficial da Marinha Mercante. Sei o que é o mar, fui à Índia contornando a África – recordo a tremenda tempestade no Cabo da Boa Esperança – atravessei o Índico e andei por lugares e entre gentes que a cada segundo me espantavam. Descobri, descobri-me, e nas palavras do Grande génio universal – do trabalhador! – Luís de Camões, recolho força para continuar viagens e descobertas pessoais. Sinto que fiquei aquém, na minha tentativa de ir ao encontro de Camões – nunca o quis trazer para mim, eu é que tive – e tenho – a obrigação de ir ter com ele, que é passado, presente e futuro. ‘Os Lusíadas’ tornaram-se no livro da minha vida, um ‘lugar’ onde se entra e de onde não se consegue sair, porque o espanto e a maravilha, são intermináveis. Neste 10 de Junho de 2023 digo: Obrigado Luís de Camões.

 

Soares Teixeira

quinta-feira, 25 de maio de 2023

TINA TURNER - THE BEST

 Ela foi a nossa Tina. Ela é a nossa Tina. Que dizer? Dez páginas em branco, sem nada, branco apenas, para estar a sós com ela; escutando-a, olhando-a, sentindo-a. Dez páginas, o tempo para ao tempo retirar casca e caroço e ficar o fruto. Fruto em todos os sentidos da palavra, com todos os significados e plurais. Eu, nós, tanta gente, temos algo que foi fruto de Tina e frutificámos graças a ela. Gostamos de frutificar com a liberdade, não é? Claro que é! A força, a chama, que Tina irradiava, fez com que multidões, gerações, se identificassem (e se identifiquem) com o portento humano, o mar revolto, e renascesse (e renasça) e feliz frutificasse (e frutifique). Irrepetível, não haverá outra. Dez páginas em branco – ou quantas quisermos - para estar com Tina. Tina, sabes…, fizeste-nos assim como…, pêssegos - felizes e livres, e mais humanos. Um beijo e MUITO OBRIGADO!.

 


Tina Turner, Brownsville, 26 de Novembro de 1939 - Küsnacht, 24 de Maio de 2023

quinta-feira, 18 de maio de 2023

"OS LUSÍADAS", CANTO X - LUIS DE CAMÕES



"OS LUSÍADAS", CANTO X





Canto X

Depois dos marinheiros lusos terem satisfeito os seus primeiros apetites dirigem-se ao palácio de Thetys onde lhes é oferecido um grande banquete no qual a Sirena profetiza os feitos lusitanos no Oriente. Camões volta a recorrer ao artifício da profecia para contar o que ocorreu entre o passado (1498, ano da descoberta do caminho marítimo para a Índia), e o presente (o tempo em que o poema foi escrito). São enaltecidos os heróis Portugueses. Episódio da Máquina do Mundo. Thetys faz mais profecias sobre os Portugueses. A frota deixa a Ilha dos Amores. Chegada a Portugal. Epílogo, onde Camões reforça a dedicatória a Dom Sebastião.


"OS LUSÍADAS", CANTO IX - LUÍS DE CAMÕES

 

"OS LUSÍADAS", CANTO IX




Canto IX

Os ‘infiéis’ fazem com que os mercadores nada comprem aos dois feitores portugueses e prendem-nos, com o propósito de deter os portugueses na cidade, até que de Gidá cheguem as naus muçulmanas que todos os anos vão comprar especiaria e destruam as portuguesas. Monçaide avisa Vasco da Gama da intenção dos mouros e do grande perigo que corre a frota lusa com a chegada eminente da forte frota muçulmana. O Samorim manda libertar os feitores e suas fazendas. A frota parte de regresso, levando, forçados alguns Malabares. Episódio da Ilha dos Amores. Exortação de Camões aos que anseiam por imortalizar o seu nome.


quarta-feira, 17 de maio de 2023

"OS LUSÍADAS", CANTO VIII - LUÍS DE CAMÕES



"OS LUSÍADAS", CANTO VIII





Canto VIII

Paulo da Gama, e depois Vasco da Gama, explicam ao Catual o significado das pinturas que estão no interior da nau. Entretanto o Samorim pede para que se examinem os augúrios. A previsão transmitida ao Samorim é de que os portugueses viriam dominar toda a Índia, o que é confirmado pelos conselheiros islâmicos do soberano, a quem durante a noite Baco aparecera em sonhos fazendo-se passar por Maomé dizendo-lhes que os portugueses eram piratas e que a frota deveria ser destruída. No dia seguinte, em que o Samorim terá de decidir entre as vantagens de firmar tratado com os portugueses e as previsões da noite, manda chamar Vasco da Gama e acusa-o de ser um apátrida e praticar a pirataria, instando-o a confessar toda a verdade. Vasco da Gama reafirma as suas intenções honradas e o Samorim manda-o em liberdade, com autorização para negociar. Contudo o ministro indiano, instigado pelos islâmicos do reino, toma o Capitão como refém e tenta que este ordene a aproximação da frota afim de que esta possa ser destruída. Ao ver falhar o seu estratagema, com receio de castigo por parte do seu soberano, por estar a ir contra as suas ordens, e aspirando ao o lucro, aceita na troca de Vasco da Gama por mercadorias das naus portuguesas.