domingo, 24 de julho de 2022
RESTAUTANTE ZENO LOUNGE - CASINO ESTORIL - JANTAR DE VERÃO
E aqui estou eu na varanda do Restaurante Zeno Lounge, no Casino Estoril, ontem. Excelente gastronomia, excelente convívio, excelente música. Depois de uma pausa - relativa - terei muito que fazer com certos aspectos da Cultura.
sábado, 23 de julho de 2022
CULTURA SEMPRE
Com Pilar del Rio (mulher de José Saramago) numa das minhas inúmeras participações/encontros culturais - que continuam e continuarão!
terça-feira, 19 de julho de 2022
"SERÁ?" - SOARES TEIXEIRA
De novo
o murmúrio do sol
lento
a quase queimar
o corpo da recordação
Ah…, pudesse
uma indiferença
de mar
arrefecer o que sobrou
dos teus lábios
Foste também
equação que naufragou
na falta de solução.
Será que em ti existem
estes mastros quebrados?
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Soares Teixeira - 19-07-2022
(© todos os direitos reservados)
segunda-feira, 18 de julho de 2022
"CIRCO" - CIRCO
Vistam-me verões
Calcem-me canções
Pintem-me primaveras
E eu
Visitarei os ventos
Inundarei os infinitos
Florirei nos futuros
O circo está cheio!
Estão prontos?
Vamos! Todos!
Toquem os tambores
Tragam trampolins
Saltemos! Saltemos!
Nós, os sonhadores!
Vejam!
Criamos cores!
Voa-nos a voz!
Abraçam-nos os astros!
Vejam!
Espalhamos magia!
Semeamos eternidade
na nudez
da liberdade!
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Soares Teixeira - 18-07-2022
(© todos os direitos reservados)
domingo, 17 de julho de 2022
"GRILO" - SOARES TEIXEIRA
GRILO
Sou o último grilo do meu bosque
mas também o primeiro
Portas feitas de pensamentos noctívagos,
abrem-se para deixar passar
aquele que vem e aquele que vai
e os dois sou eu
e os dois olham-se num verso
e esse verso também sou eu
Onde estarão as sombras desses que se cruzam?
Algures por trás das palavras,
como pequenas aranhas adormecidas
no centro das suas teias?
No rosto enigmático
de antigas estátuas de bronze?
Todos os lugares, mesmo os não lugares,
são a superfície onde desenho
com o meu olhar de compasso
o círculo
onde começa a minha despedida,
onde o meu peso vai deixando de existir
Não me explico
Sou o último grilo do meu bosque
mas também o primeiro
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Soares Teixeira - 17-07-2022
(© todos os direitos reservados)
quinta-feira, 14 de julho de 2022
O TEJO É MAIS BELO QUE O RIO DA MINHA ALDEIA", ALBERTO CAEIRO
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia,
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Alberto Caeiro
(heterónimo de Fernando Pessoa)