domingo, 29 de maio de 2022
sexta-feira, 20 de maio de 2022
20 DE MAIO DE 20O2 - INDEPENDÊNCIA DE TIMOR-LESTE
Passam 20 anos sobre a data da Independência de Timor-Leste. Um grande Povo, uma grande Luta, um futuro pela frente.
Mensagem do Secretário Geral das Nações-Unidas
domingo, 15 de maio de 2022
"UM CAMPO BATIDO PELA BRISA", FERNANDO ASSIS PACHECO
Um Campo Batido pela Brisa
A tua nudez inquieta-me.
Há dias em que a tua nudez
é como um barco subitamente entrado pela barra.
Como um temporal. Ou como
certas palavras ainda não inventadas,
certas posições na guitarra
que o tocador não conhecia.
A tua nudez inquieta-me. Abre o meu corpo
para um lado misterioso e frágil.
Distende o meu corpo. Depois encurta-o e tira-lhe
contorno, peso. Destrói o meu corpo.
A tua nudez é uma violência
suave, um campo batido pela brisa
no mês de Janeiro quando sobem as flores
pelo ventre da terra fecundada.
Eu desgraço-me, escrevo, faço coisas
com o vocabulário da tua nudez.
Tenho «um pensamento despido»;
maturação; altas combustões.
De mão dada contigo entro por mim dentro
como em outros tempos na piscina
os leprosos cheios de esperança.
E às vezes sucede que a tua nudez é um foguete
que lanço com mão tremente desastrada
para rebentar e encher a minha carne
de transparência.
Sete dias ao longo da semana,
trinta dias enquanto dura um mês
eu ando corajoso e sem disfarce,
ilumindo, certo, harmonioso.
E outras vezes sucede que estou: inquieto.
Frágil.
Violentado.
Para que eu me construa de novo
a tua nudez bascula-me os alicerces.
Fernando Assis Pacheco, in “A Musa Irregular”
quinta-feira, 5 de maio de 2022
DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA
A grande actriz Carmen Dolores a declamar "QUASE", de Mário de Sá-Carneiro
sábado, 30 de abril de 2022
CASA DA MÁQUINA DE NAVIO MERCANTE
Para recordar os meus tempos de Oficial de Máquinas da Marinha Mercante Portuguesa.
O esplendor da técnica e..., da poesia
segunda-feira, 25 de abril de 2022
"CONTIGO, LIBERDADE" - SOARES TEIXEIRA
Liberdade,
beijo-te as vogais,
acaricio-te as consoantes
e tu fazes-me o mesmo,
na praia que nos escolheu
para, descalços,
sermos a alegria
que o sol quer beber.
Mar, céu, horizonte,
olhem-nos;
somos um litoral,
de cabelos ao vento,
mãos dadas, riso solto,
- venham, venham connosco,
ser pássaro a cantar gesto,
na flor vermelha deste dia
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Soares Teixeira-25-04-2022
(© todos os direitos reservados)
Nota:
Foi com alegria que escrevi este poema porém sem esquecer que enquanto o meu País celebra cravos livres noutras latitudes a guerra e as trevas são espinhos cravados no corpo e na alma.
terça-feira, 19 de abril de 2022
"AS PEQUENAS PALAVRAS", ROSA LOBATO DE FARIA
Em dia de funeral de Eunice Munoz, umas das maiores actrizes que já veio a este planeta, um nó na garganta. Tenho estado a vê-la e a ouvi-la nos teatros onde a admirei e aplaudi. Mais uma vez , Obrigado Eunice Munoz. Aqui deixo um poema - um belíssimo poema - com um aceno de adeus.