Na
minha vida de perguntas
caminho
atrás de respostas
que
as estrelas guardam no peito
e
pergunto-me até quando
Lírios,
rios e colunatas
rodopiam
nos meus sonhos
abro
os braços, sinto-me eixo
e
pergunto-me até quando
Na
minha vida de árvore
há
ramos para todas as estrelas
mesmo
aquelas
que
me perguntam até quando
Videiras
de mistérios ondulam
na
água dos meus pensamentos
troco
versos com os pássaros
e
não sei até quando
Vou
sobrando do que vou sendo
vou
sendo sobra do que fui
o
que sei de mim é quase nada
descobri
isto já não sei quando
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Soares
Teixeira – 30-08-2020
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