Lentamente
as estrelas abrem-me os botões da camisa
só elas têm aqueles dedos de vinho e luz
e ninguém melhor do que elas
consegue acariciar o meu tronco nu
Torno-me espaço para lá matéria
volúpia
sinto constelações na medula do Ser
e, navio de sede
ondulo no olhar de uma divindade
Soares Teixeira – 13-11-2017
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