A grande Actriz brasileira Fernanda Montenegro a declamar o excerto de um texto de Simone de Beauvoir
segunda-feira, 27 de março de 2017
sábado, 25 de março de 2017
A Gaudí - Casa Milà La Pedrera Barcelona (1906)
Gaudí. O talento. A vontade. O desejo de superar convenções e fórmulas estabelecidas. A excentricidade. A paixão pelo detalhe. A natureza como inspiração. Eis a "Casa Milà", mais conhecida como "La Pedrera", uma as grandes referências da arquitectura de Barcelona.
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Arquitectura,
Engenharia,
História e Lugares
terça-feira, 21 de março de 2017
"OS LUSÍADAS" - (1,2,3 estrofes do Canto I - Luís de Camões
AS armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
"OS LUSÍADAS" - LUÍS DE CAMÕES
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
"OS LUSÍADAS" - LUÍS DE CAMÕES
terça-feira, 14 de março de 2017
"PRAIA DO ESQUECIMENTO" - David Mourão Ferreira
Fujo da sombra; cerro os olhos: não há nada.
A minha vida nem consente
rumor de gente
na praia desolada.
Apenas decisão de esquecimento:
mas só neste momento eu a descubro
como a um fruto rubro
de que, sem já sabê-lo, me sustento.
E do Sol amarelo que há no céu
somente sei que me queimou a pele.
Juro: nem dei por ele
quando nasceu.
David Mourão-Ferreira, in "Tempestade de Verão"
https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Mour%C3%A3o-Ferreira
A minha vida nem consente
rumor de gente
na praia desolada.
Apenas decisão de esquecimento:
mas só neste momento eu a descubro
como a um fruto rubro
de que, sem já sabê-lo, me sustento.
E do Sol amarelo que há no céu
somente sei que me queimou a pele.
Juro: nem dei por ele
quando nasceu.
David Mourão-Ferreira, in "Tempestade de Verão"
https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Mour%C3%A3o-Ferreira
domingo, 12 de março de 2017
Motor Marítimo Sulzer 12RTA96C
Um vídeo sobre a Máquina Principal Sulzer/Wärtsilä 12RTA96C, do navio Maersk Kimi.
Durante alguns anos, enquanto Oficial Engenheiro Maquinista da Marinha Mercante, este foi o meu mundo. Tecnologia em estado puro e pura poesia. Só para entendidos...
quinta-feira, 9 de março de 2017
terça-feira, 7 de março de 2017
"RETRATO" - Cecília Meireles
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles
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