Há um limite para além do qual
sou asa
e esse limite
acontece-me com o Belo
pode ser uma pintura, uma
fotografia
um filme, uma canção
uma flor, um animal
ou um poema
às vezes penso
que a alma não me perdoaria
se eu me mantivesse alheio ao
Belo
e isto estou a pensá-lo
aqui e agora
debaixo da ternura de um ramo de
oliveira
que não está o pé de mim
mas está
porque há proximidades
que não têm explicação
Soares Teixeira – 17-10-2016
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