É simples
este habitarmo-nos
anémonas e peixes
nadam na luz
de longos braços de candelabros
os meus dedos
flores e flautas
acontecem no pátio
aberto ao azul do rosto do céu
o teu corpo
tempo e espaço
fechados num envelope
que guardamos numa gaveta
o nosso beijo
simples
este vivermo-nos
Soares Teixeira – 26-02-2015
(© todos os direitos reservados)