domingo, 14 de setembro de 2014
Mansory Linea Vincero d'Oro Bugatti Veyron
Quando o vértice da engenharia e o vértice da estética se tocam surgem obras épicas como este fabuloso Mansory Linea Vincero d'Oro Bugatti Veyron.
sábado, 13 de setembro de 2014
"MILAGRE DOS PEIXES POR OBRA DO AMOR" - Soares Teixeira
("Santo António Prega aos Peixes", J. Benlliure)
Eu beijo
Tu sorris
Ele ilumina
Nós amamos
Vós ondulais
Eles espreitam
Soares Teixeira – 13-08-2014
(© todos os direitos reservados)
"E FOI ASSIM" - Soares Teixeira
Porque na boca
tinham o abandono de navios sem destino rolaram em framboesas frescas em óleos
de rosas antigas em capitéis de colunas de luz em violentas tempestades em
ebriedade de magma em silêncios de mistérios marinhos e neles tudo o que ainda
não era passou a ser primeira página de um caminho novo onde trombetas de oiro
e vento e galos incandescentes e espaços com odor a amêndoas saudaram a argila
nova com que moldavam os seus corpos de árvores a crescer na pedra transparente
que é unidade e que oculta a nascente da magnífica claridade sem dono sem filtro na
retina sem sombra a ferir as aves brancas que habitam nos tímpanos sem correntes a
prender os tornozelos à voz rouca de ciprestes a gemer na névoa
sim amaram-se
nenhum peixe
lhes disse que não era chegado o momento nenhuma vértebra de distância lhes
disse que não podiam ir respirar a apoteose da viagem nenhuma rocha abriu os
lábios para lhes dizer que o tempo do alvoroço era apenas para os pássaros
apenas uma esteira lhes falou e disse-lhes para se deitarem sobre a sua matéria
primaveril e serem atitude altitude amplitude infinito grito silvestre agreste
lento meigo
sim amaram-se
e foi assim que
nasceram as paisagens onde os astros voavam com as aves
Soares Teixeira – 13-09-2014
(© todos os direitos reservados)
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
"DOR" - Soares Teixeira
Tremias
eras frio e
chuva
tinhas uma
palavra
à beira do
lábio inferior
beijei-te e
bebi-a
a palavra era
dor
disseste-me
sempre
que fui o
melhor
que te
aconteceu
nunca te disse
nunca soubeste
como estava eu
só
veias sem
pássaros
dedos sem
árvores
pálpebras sem
mar
só
palavra de
bronze
a pesar no
silêncio
tanto
como se um
passo
fosse o de um
cedro
e a palavra era
digo-te agora
dor
Soares Teixeira – 10-09-2014
(© todos os direitos reservados)
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
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