Morreu Mercedes Sosa. Morreu a Voz da América Latina.
Lá, no extremo do chamamento, a Voz de Mercedes dá mais luz aos astros.
Soares Teixeira
domingo, 4 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
'Duetto buffo di due gatti'
Concha Velasco e Montserrat Caballé numa estupenda interpretação dessa delirante e cómica extravagância musical que é o 'Duetto buffo di due gatti'.
Soares Teixeira
Soares Teixeira
terça-feira, 1 de setembro de 2009
II Guerra Mundial
Foi no dia 1 de Setembro de 1939 que as tropas de Hitler invadiram a Polónia. Era o começo da II Guerra Mundial. Faz hoje 70 anos. Não há palavras que bastem e ao mesmo tempo todas são excessivas. Não há gritos que bastem e ao mesmo tempo o silêncio é necessário. Todas as perguntas e todas as respostas são a chaga da mesma ferida. É como se todos os espinhos abandonassem os arbustos e se cravassem na condição humana. Dor.
Soares Teixeira
Soares Teixeira
domingo, 30 de agosto de 2009
Medeia
Assisti ontem, no Teatro Romano de Mérida, a uma representação de Medeia, de Eurípedes. Blanca Portillo encarnou uma Medeia que ficará na história daquele teatro. Terrível, temível e intemporal, Medeia; a mulher que por amor a Jasão traiu o pai e matou o irmão; a mulher que não poude suportar a traição do marido; a mulher que matou os filhos; exilada no tempo; solitária, encontrou-se com o público para partilhar a sua história milenar. Ontem, em Mérida, numa superlativa direcção de Tomaz Pandur aconteceu Teatro na sua expressão máxima. Aristóteles conservou a ideia de que o Teatro deveria servir os interesses da Pólis. Eurípedes, o poeta da busca, foi mais além: libertou o teatro do seu carácter didáctico e religioso; Medeia tem nesse propósito um papel fulcral. Medeia conquista a cena, que antes fora dos deuses e envolve o espectador porque os seus sentimentos são humanos - terrívelmente humanos. Não há ali uma lição de virtude ou de moral - há uma vivência. Blanca Portillo foi uma perfeitíssima Medeia intemporal, aquela que existe em cada mulher ultrajada ao extremo. Bárbara e comovente Medeia viaja pelo tempo com os seus adorados filhos e, de vez em quando, encarna a livre escolha entre o bem e o mal, a brutal condição humana que faz com que o espectador sofra aquelas dores como se fossem suas. Ontem em Mérida aconteceu Medeia; uma Medeia inteligentemente contemporânea fazendo justa homenagem ao pensamento inovador de Eurípedes.
Abaixo um video retirado do Youtube sobre esta Medeia.
E agora uma avassaldora interpretação de Zoe Caldwell, em 1983.
Soares Teixeira
Abaixo um video retirado do Youtube sobre esta Medeia.
E agora uma avassaldora interpretação de Zoe Caldwell, em 1983.
Soares Teixeira
terça-feira, 25 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Ecce Homo
Só para ver este quadro vale a pena uma visita ao fabuloso Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. Sempre que revejo este Ecce Homo tenho a mesma sensação de espanto perante a força que sinto emanar da pintura. É inevitável concentrar o olhar na visão daquele Cristo que, com um pano a cobrir a cobrir-lhe os olhos, transmite a mensagem de que está permanentemente a ver um mais além: um cosmos primordial e um cosmos cerebral, e um caminho e uma unidade. É um Cristo não a sofrer mas sim já para lá do sofrimento: um Cristo a Ver. A boca também não é de agonia mas uma boca onde se adivinham palavras. Tudo o que é exterior ao corpo e nos sugere martírio e santificação quase fica num segundo nível, por detrás daquele pano, que parece que também nos cobre. Apetece afastar ambos os panos e olhar Cristo, verdadeiramente olhos nos olhos.
Soares Teixeira
Soares Teixeira
Subscrever:
Mensagens (Atom)