domingo, 19 de julho de 2009

Encompassing the globe. Portugal e o Mundo nos séculos XVI e XVII




Até Outubro de 2009 o público pode apreciar no belíssimo Museu Nacional de Arte Antiga a exposição "Encompassing the globe. Portugal e o Mundo nos séculos XVI e XVII". Com magníficas peças do MNAA e de outros grandes Museus do mundo esta exposição oferece-nos mais uma oportunidade de sentir e admirar um dos maiores feitos da história da humanidade: Os Descobrimentos Portugueses. Durante duzentos anos muitos se perguntaram por esse mundo fora: "Como são eles capazes?". Ainda hoje causa espanto a forma determinada como Portugal se tornou pioneiro inquestionável e absoluto da globalização.
A não perder.


Soares Teixeira

terça-feira, 14 de julho de 2009

Michael Jackson

Soube pelas notícias que hoje, em Londres, muito público compareceu junto da "The 02 Arena", onde Michael Jackson tinha previsto dar o primeiro dos seus cinquenta concertos. O público foi, o artista não - está morto. Personagem de Tragédia Grega, Michael Jackson voou sobre a infância, voou sobre a adolescência, voou sobre a idade adulta. Lançaram-no ainda pequeno às alturas e ele subiu mais alto ainda, foi subindo, subindo... tão alto que se perdeu dele mesmo. Dizia que era Peter Pan.
Voa Peter Pan, voa, o jardim das estrelas está florido e o mágico desalinho das cores irrompe de todas as alvoradas. Voa Peter Pan, voa, mergulha as mãos nos sonhos que já não te abandonam e vai jogar à bola no parque infantil dos astros. Morde flores, corre na festa dos sorrisos límpidos e desce pelas ramagens das tuas horas. Voa Peter Pan, voa, transborda das pupilas para finalmente seres entre os cometas o que não te deixaram ser entre as pessoas. Voa Peter Pan, voa, e dança na Lua ao som do eco dos que na Terra te celebram.






Soares Teixeira

domingo, 12 de julho de 2009

Henri Fantin-Latour

Até 6 de Setembro a Fundação Gulbenkian tem para nos oferecer uma notável exposição onde se podem apreciar alguns dos mais belos trabalhos do pintor Henri Fantin-Latour. Pintura rigorosa, patente nos vários autoretratos onde é perceptível um estudo de introspecção, nas magíficas naturezas mortas e nalguns retratos de familiares e amigos do artista. Obra serena, ponderada, intimista, e de grande beleza, que muitas vezes nos remete para lá da tela mostrando o que não é vísivel mas se depreende: a personalidade dos retratados. A não perder.




(Henri Fantin-Latour - Autoretrato)



Soares Teixeira

terça-feira, 7 de julho de 2009

Grandeza

Nas calçadas de Lisboa há imagens de uma grandeza difícil de acreditar mas só possível porque houve gente que nunca deixou de ousar.





Soares Teixeira

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Marilyn Monroe

Delicada e explosiva, Marilyn Monroe fustiga tudo à volta apenas com a sua presença de anjo hipnótico e quase ingenuamente perverso. Marilyn não se pode comprar com nenhuma outra mulher. Muitas mulheres tentam-se comparar com ela mas não conseguem. Marilyn era, é, e será, um Ser a nascer do desejo, uma Criatura mansa a despontar de um instinto primordial. Marilyn Monroe - só de vê-la apetece ser feliz.
Marilyn interpretando "I Wanna Be Loved By You" num excerto do filme "Some Like It Hot" relizado em 1959 por Billy Wilder.





Soares Teixeira

sábado, 4 de julho de 2009

O Barco do Barreiro

O Barco do Barreiro marcou uma época e marcou a vida de muita gente, a minha também. Meia hora de travessia entre a Estação do Barreiro e a do Terreiro do Paço, em Lisboa. Nessa meia hora lia-se, estudava-se, fazia-se renda, conversava-se muito. Havia três pisos para os passageiros - o mais inferior, abaixo da linha de água, era quase claustrofóbico. Havia primeira e segunda classe - depois surgiu a classe única. E havia aquele deck no piso superior, na popa do navio, que era a delícia dos turistas. Eu chamava-lhe 'a varanda' - no topo do mastro havia sempre uma gaivota. Nos velhos Barcos dos Barreiro apesar da travessia ser demorada, havia tempo para fazer coisas. Muita gente vestiu camisolas feitas no barco, tirou cursos cujas matérias eram estudadas no barco.
Foi no Barco do Barreiro, numa travessia para Lisboa, que tomei a decisão de me tornar Oficial da Marinha Mercante. O Tejo foi minha testemunha.
A decisão cumpriu-se. Às vezes, por esses oceanos do mundo, sentia-me gaivota poisada no mastro do instante, depois de voar pelo azul que me recebia, como em tempos recebeu aqueles que saíram do país do horizonte; era Portugal a sair do seu peito.
Hoje aqueles barcos já não existem, foram substitudos por outros mais rápidos, onde o tempo quase torna o Tejo uma banalidade. Hoje já não ando embarcado. Hoje as coisas são diferentes. No entanto, aquele barco... aquela gaivota... ainda existem, existem no Tejo da minha saudade. E não só, existem também no Tejo da Língua Portuguesa.



(Fonte: sítio da CP - 150 anos de História, Capítulo 19)


Soares Teixeira

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Tratado de Tordesilhas

A 2 de Julho de 1494 Espanha ratificou o Tratado de Tordesilhas. Portugal fá-lo-ia a 5 de Setembro do mesmo ano. De documento que demarcava tarras passou a ser um símbolo que demarca mentalidades: de um lado os que lutam por um Portugal maior e do outro os que ficam dentro dum espírito menor.
D. João II, Rei de Portugal, foi um monarca que colocou uma coroa sobre todos os que escolhem o Portugal maior.








Soares Teixeira