OBRIGADO, FRANCISCO A ti, insubmisso poema a desafiar espadas e emboscadas, serena rebeldia a plantar cravos em precipícios, relâmpago de revolução com sorriso de Cristo sem filtro, gigante saído do infinito a caminhar com a fé dos rios A ti peregrino, penitente, solidário, solitário, veleiro de luta, mapa de coragem, herói dos céus da alma A ti Francisco eu agradeço Soares Teixeira
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THANK YOU, FRANCIS
To you, insubmissive poem defying swords and ambushes, serene rebellion planting carnations on precipices, lightning of revolution with the smile of Christ without a filter, a giant from infinity walking with the faith of rivers
To you pilgrim, penitent, in solidarity, solitary, sailboat of struggle, map of courage, hero of the heavens of the soul
To you Francis I thank you
Soares Teixeira
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GRAZIE, FRANCESCO
A te, poesia insubordinata che sfida spade e agguati, serena ribellione piantando garofani sui precipizi, lampo di rivoluzione con il sorriso di Cristo senza filtro, un gigante dell'infinito che cammina con la fede dei fiumi
A te pellegrino, penitente, solidale, solitario, veliero della lotta, mappa del coraggio, eroe dei cieli dell'anima
A te Francesco ti ringrazio
Soares Teixeira
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GRACIAS, FRANCISCO
A ti, poema insumiso desafiando espadas y emboscadas serena rebelión plantando claveles en los precipicios, relámpago de revolución con la sonrisa de Cristo sin filtro gigante del infinito caminando con la fe de los ríos
A ti peregrino, penitente solidario, solitario, velero de lucha, mapa de coraje, héroe de los cielos del alma
Vi um jardim que se desenrolava Ao longo de uma encosta suspenso Milagrosamente sobre o mar Que do largo contra ele cavalgava Desconhecido e imenso.
Jardim de flores selvagens e duras E cactos torcidos em mil dobras, Caminhos de areia branca e estreitos Entre as rochas escuras E aqui além, os pinheiros Magros e direitos.
Jardim do mar, do sol e do vento, Áspero e salgado, Pelos duros elementos devastado Como por um obscuro tormento: E que não podendo como as ondas Florescer em espuma, Raivoso atira para o largo, uma a uma, As pétalas redondas Das suas raras flores.
Jardim que a água chama e devora Exausto pelos mil esplendores De que o mar se reveste em cada hora.
Jardim onde o vento batalha E que a mão do mar esculpe e talha. Nu, áspero, devastado, Numa contínua exaltação, Jardim quebrado Da imensidão. Estreita taça A transbordar da anunciação Que às vezes nas coisas passa.
Olhando os seus perfis vemos proas que são horizonte, e de frente vemos pêssegos de esperança. Das mãos nasce-lhes poesia enlaçada com múltiplas ferramentas Se observarmos bem reparamos que os seus ombros são pombas, se nos detivermos um pouco sentimos nos seus peitos o crescer de vinhas, se pronunciarmos os seus nomes diremos terra e céu e chuva e oceano
Se uma rua de pensamento nos convidar entremos, respeitosamente, ao fundo está uma coluna e nela gravada uma palavra com a luz dos seus corações palpitantes e a palavra é: TODOS