quarta-feira, 8 de maio de 2019

"FUNERAL BLUES", W. H. AUDEN - SOARES TEIXEIRA




FUNERAL BLUES - W. H. AUDEN

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message ‘He is Dead’.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the wood;
For nothing now can ever come to any good.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

LEONARDO DA VINCI




(Anchiano, 15 de Abril de 1452 — Amboise, 2 de Maio de 1519)

Nos 500 anos da morte do Grande Génio do Renascimento

terça-feira, 9 de abril de 2019

segunda-feira, 18 de março de 2019

ANDRÉ RIEU EM LISBOA - 2019



Uma simpática surpresa do Maestro André Rieu para os seus concertos em Lisboa: "A Loja do Mestre André"

terça-feira, 12 de março de 2019

"O MAR" - SOARES TEIXEIRA



O mar
sempre o mar
e tantas palavras de rosto branco
a serem espuma nos meus lábios
e tão profunda a respiração do azul
onde a minha matéria é espanto
o mar
permanente cântico
na curvatura do meu sonho


Soares Teixeira
(© todos os direitos reservados)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

"OS OLHOS DO POETA", MANUEL DA FONSECA





OS OLHOS DO POETA

O poeta tem olhos de água para reflectirem todas as cores do mundo,
e as formas e as proporções exactas, mesmo das coisas que os sábios desconhecem.
Em seu olhar estão as distâncias sem mistério que há entre as estrelas,
e estão as estrelas luzindo na penumbra dos bairros da miséria,
com as silhuetas escuras dos meninos vadios esguedelhados ao vento.
Em seu olhar estão as neves eternas dos Himalaias vencidos
e as rugas maceradas das mães que perderam os filhos na luta entre as pátrias
e o movimento ululante das cidades marítimas onde se falam todas as línguas da Terra
e o gesto desolado dos homens que voltam ao lar com as mãos vazias e calejadas
e a luz do deserto incandescente e trémula, e os gelos dos pólos, brancos, brancos,
e a sombra das pálpebras sobre o rosto das noivas que não noivaram
e os tesouros dos oceanos desvendados maravilhando como contos de fada à hora da infância
e os trapos negros das mulheres dos pescadores esvoaçando como bandeiras aflitas
e correndo pela costa de mãos jogadas prò mar amaldiçoando a tempestade:
‑ todas as cores, todas as formas do mundo se agitam e gritam nos olhos do poeta.
Do seu olhar, que é um farol erguido no alto de um promontório,
sai uma estrela voando nas trevas,
tocando de esperança o coração dos homens de todas as latitudes.
E os dias claros, inundados de vida, perdem o brilho nos olhos do poeta
que escreve poemas de revolta com tinta de sol na noite de angústia que pesa no mundo.

                
Manuel Da Fonseca “Rosa dos Ventos” (1940)
in 
Obra Poética, Lisboa, Editorial Caminho, 1984, 7ª ed. revista pelo autor.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

"HÁ ÁRVORES NASCIDAS DO LUAR" - SOOARES TEIXEIRA



Há árvores nascidas do luar
há regatos em êxtase a cantar
há delírios com cheiro a mar
e existe o teu olhar
por onde se ascende ao infinito
e existe o teu gesto
que se confunde com o ardor do sol
e existe o teu corpo
que é o eco de um grito
e existem estas veias
contentes, intensas e embaladas
e existe este corpo
rápido como um remo
que encurta as águas do instante
para que haja um só impulso
a florir do prazer
de sermos um só astro


Soares Teixeira
(© todos os direitos reservados)