Obrigado
Joaquim Evónio
seiva de sol generoso
a gotejar do amanhecer
poema em praça pública
rede de pescador
em mares de pontes por nascer
Obrigado
pela palavra de cabeleira revolta
pelo gesto largo
a continuar a barba branca
pelo olhar frontal e longo
em espuma de onda
ávida de horizonte
Obrigado
por teres sido tambor a abrir fendas
na arrumação dos espaços
por teres sido morteiro de luz
com coragem de pomba
por teres sido alicerce de ti mesmo
e azul a sonhar varandas de amizade
Adeus
Soares Teixeira – 29-06-2012