quarta-feira, 17 de maio de 2017

"PORTUGAL, 13 DE MAIO DE 2017 " - Soares Teixeira



penso em 13 de Maio
dia de Maria, da Luz e do Salvador
e olho de soslaio



Soares Teixeira
17/05/2017

no rescaldo deste inacreditável 13 de Maio, um quase-haicai, de quase humor. Ocorreu-me ontem no Estádio da Luz ("A Catedral", como é conhecido este Estádio), onde pratico actividades físicas.

domingo, 14 de maio de 2017

13 DE MAIO DE 2017 - PORTUGAL EM FESTA


13 de Maio de 2017. Centenário das Aparições em Fátima. O Papa Francisco numa cerimónia de transcendente beleza, sentimento e solenidade proclamou, no Santuário de Fátima, os dois videntes Francisco Marto e Jacinta Marto como Santos da Igreja. Os mais novos Santos não Mártires da Igreja Católica.




13 de Maio de 2017. Benfica Tetracampeão!!!! E em Lisboa a Festa foi de arromba!!!! (e por esse mundo fora também, O Benfica é um fenómeno de globalização).




13 de Maio de 2017. Portugal, através de Salvador Sobral, ganha o concurso da Eurovisão. Uma vitória  esmagadora e histórica. Para além da beleza da melodia, do poema, da orquestração e da interpretação; a magistral lição de Salvador Sobral: o livre talento criativo é mais forte que a tentativa de  formatar mentalidades. Muito poderia ser dito sobre o tremendo poder daquilo que aparentemente é débil. Salvador Sobral foi revolucionário ao sacudir desta maneira certos conceitos instituídos acerca da música, da comunicação, e  não só...! Inspirador!



terça-feira, 2 de maio de 2017

"A CAVALGADA DAS VALQUÍRIAS", RIchard Wagner - Piano Extravaganza


Evgeni Kissin, Lang Lang, Emanuel Ax, Leif Ove Andsnes, Claude Frank, Mikhail Pletnev, Staffan Scheja, e James Levine estão entre os maiores pianistas da actualidade. Aqui estão eles, juntos, numa inacreditável extravagância musical: a interpretação em conjunto da "Cavalgada das Valquírias" de Richard Wagner", a partir da transposição para piano que Franz Liszt fez desse emblemático e arrebatador início do III Acto da Ópera "A Valquíria", do grande R. Wagner.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

JOÃO DE DEUS - "Mal dos Pés"

Certo patrício nosso brasileiro,
Depois de ter corrido o mundo inteiro
Ao voltar de Paris desenganado
Dos médicos, que tinha consultado,
Achou-se num wagon com um inglês,
O desgraçado tinha mal de pés.
E a última palavra da ciência
Era ir vivendo e tendo paciência!

Mostrou-se o bife incomodado,
Fungando para um e outro lado…
Como quem busca o foco de infecção;
Diz-lhe o nosso infeliz compatriota,
A apontar-lhe com o dedo a bota
E exalando um suspiro de paixão:
– Eis a causa, senhor, eis o motivo!…
O que eu não sei é como ainda vivo!


Tenho gasto rios de dinheiro,
E sempre, sempre, sempre o mesmo cheiro!

E isto por ora vá!… mas alto dia
Quando aperta o calor… Virgem Maria!…
“E diga-me: em lavando os pés refina,
Ou sente algum alívio?”
– “Isso não sei,
Sei que tenho exaurido a medicina;
mas lavar é que nunca experimentei.”

Às vezes dá-se ao médico o dinheiro
Que se devia dar ao aguadeiro.


João de Deus

sábado, 22 de abril de 2017

"CÁLICE" - Soares Teixeira

Música
o piano vai bebendo
da pausa onde estou liquefeito

o meu sangue escuta
em silêncio
sons com corpos de aves

unidade nas pétalas do tempo
circular serenidade sem limite
alma de luz côncava

Soares Teixeira
22/04/2017 - 21.42h

( dedicado a NOWHERE, Marino Formenti com Ricardo Jacinto)



Integrado no BoCa (Biennial of Contemporary Arts) está a decorrer na Gulbenkian um interessantíssimo projecto intitulado “Nowhere”. Durante 20 dias – 9 a 29 de Abril de 2017 - o pianista e maestro italiano Marino Formenti vive numa casa temporária concebida por  Ricardo Jacinto e montada no palco do Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Calouste Gulbenkian. Aí o pianista toca, come e dorme – vive! Durante todos esse tempo o público pode entrar e sair da casa, podendo ainda acompanhar o artista através de streaming. Escrevi este poema em homenagem a esta fabulosa iniciativa. Agora e sempre há valores que importa defender. Muitos deles estão expressos nesta magnífica iniciativa. 

FERNANDO PESSOA - "No comboio Descendente"


No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...

No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
E outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...

No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão

Fernando Pessoa

domingo, 16 de abril de 2017

HAENDEL - "MESSIAS" - ALELUIA



DIA DE PÁSCOA - ALELUIA