Voar até ao fim da asa
depois cair no chão da palavra
que é céu
voar para lá do derradeiro gesto
levar água para o vazio
e nele ser ilha com olhar de navio
dar a mão à noite
e ir devagar devagarinho
com passos de coisa nenhuma
então, numa secreta nudez de viagem
continuar a beber o poema
com lábios de sol
Soares Teixeira – 26-05-2015
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