Há noites
em que a respiração do silêncio
é mais intensa
pressentem-se nas esquinas
cavalos inquietos de frio e névoa
que soltam mudos relinchos de ausência
sob a luz difusa dos candeeiros
das ruas desertas
e nós ali
tão próximos do vazio
a sentir o martelar das têmporas
a cada passo que nos sai dos pés
isto pode acontecer
a qualquer hora
ou em qualquer lugar
é assim a solidão
Soares Teixeira – 26-02-2013
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