Fecho o corpo dentro dos braços
e vou beber o azul entre as gaivotas
sem nada mais possuir a não ser o longe
dentro do olhar
Os montes erguem as cabeças para me ver
os rios fazem-se alegria nas margens
as árvores estremecem de espanto
os cães saltam – quase conseguem voar
Matinal véspera de dias sonhados
neste gesto aberto longo alado
que abraça o horizonte pela cintura,
meus lábios de alma a beber procura
Soares Teixeira – 25-03-2013
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