sábado, 16 de fevereiro de 2013

"EVASÃO" - Soares Teixeira





Há momentos
em que somos crianças ininterruptas
a sorrir para o azul
para que o horizonte não morra à fome
Há momentos
em que ao rodarmos a cabeça
afastamos todas as muralhas
todas as espadas todos os lábios secos
todos os caules quebrados todo o ruído dos instantes
e descobrimos
que o lugar onde nos encontramos pode ser outro
que as coisas que nos rodeiam podem ser outras
que as pessoas que nos observam podem ser outras
ou então
podemos descobrir muito simplesmente
que estamos sós como a primeira erva de um prado
porque só nós
sentimos uma folha de oliveira a cair no ombro
porque só nós
ouvimos um grilo a cantar dentro de uma algibeira
porque só nós
vemos a fonte translúcida e o cavalo alado
Há momentos assim
efémeros e eternos
em que paramos de girar em torno do sol
e sentimos nos cabelos a desordem do universo
e na retina a silenciosa evasão de nós mesmos


Soares Teixeira – 16-02-2013
(© todos os direitos reservados)


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

VERTIGEM, Maria Teresa Horta - Soares Teixeira


VERTIGEM

MARIA TERESA HORTA



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

POEMA SOBRE A RECUSA, Maria Teresa Horta - Soares Teixeira


MARIA TERESA HORTA

POEMA SOBRE A RECUSA

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O MOSTRENGO, Fernando Pessoa - Soares Teixeira

Fernando Pessoa
O mostrengo



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

CAMÕES DIRIGE-SE AOS SEUS CONTEMPORÂNEOS, Jorge de Sena - Soares Teixeira


JORGE DE SENA
CAMÕES DIRIGE-SE AOS SEUS CONTEMPORÂNEOS




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES, Padre António Vieira - Soares Teixeira

PADRE ANTÓNIO VIEIRA
SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES
(início do capítulo I)


domingo, 3 de fevereiro de 2013

NÃO POSSO ADIAR O AMOR PARA OUTRO SÉCULO, Eugénio de Andrade - Soares Teixeira

EUGÉNIO DE ANDRADE
NÃO POSSO ADIAR O AMOR PARA OUTRO SÉCULO