sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

VERTIGEM, Maria Teresa Horta - Soares Teixeira


VERTIGEM

MARIA TERESA HORTA



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

POEMA SOBRE A RECUSA, Maria Teresa Horta - Soares Teixeira


MARIA TERESA HORTA

POEMA SOBRE A RECUSA

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O MOSTRENGO, Fernando Pessoa - Soares Teixeira

Fernando Pessoa
O mostrengo



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

CAMÕES DIRIGE-SE AOS SEUS CONTEMPORÂNEOS, Jorge de Sena - Soares Teixeira


JORGE DE SENA
CAMÕES DIRIGE-SE AOS SEUS CONTEMPORÂNEOS




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES, Padre António Vieira - Soares Teixeira

PADRE ANTÓNIO VIEIRA
SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES
(início do capítulo I)


domingo, 3 de fevereiro de 2013

NÃO POSSO ADIAR O AMOR PARA OUTRO SÉCULO, Eugénio de Andrade - Soares Teixeira

EUGÉNIO DE ANDRADE
NÃO POSSO ADIAR O AMOR PARA OUTRO SÉCULO



sábado, 2 de fevereiro de 2013

"ELES" - Soares Teixeira




Eles sorriem
mas a cidade do cinismo nasce-lhes das têmporas
Os seus lábios pronunciam palavras matinais
mas a mentira dilata-lhes as veias

Eles prometem
mas as suas promessas são lâminas
prontas para rasgar as pálpebras do pensamento
Os dedos estendem-se em gestos límpidos
mas debaixo das unhas
ondulam meticulosas farpas e muros de cimento

Eles cantam
mas o horizonte que esquartejam sai-lhes pelas narinas
Os seus gestos celebram a boda com os instantes
mas a sua silhueta festeja a falsidade

Eles mostram-se civilizados imprescindíveis e impolutos
com o dever de estar ausentes de tudo o que não seja
o chão do seu mundo novo
Mas sobre o chão profanado dos dias alheios
eles são hienas de lume que dançam
sobre florestas dizimadas

Eles dizem-se a salvação
mas são a infecção
que quer ser cura com seringa de medo

Eles estão aí
insinuantes e sórdidos
à espera da chave com que nos abrimos ao sol



Soares Teixeira
(© todos os direitos reservados)