segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

sábado, 12 de novembro de 2011

DE TARDE, CESÁRIO VERDE

                                                           

                                                               CESÁRIO VERDE
                                                                       De Tarde


                             

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"NAVEGAR" - Soares Teixeira


Navegar
ser o único marinheiro do teu corpo
e nessa viagem
ser peixe
a deslizar sobre a pele de outro peixe
ser alga
que se junta a outra alga
ser raio de sol
que se junta a outro raio de sol
à mesma profundidade
entre os mesmos corais
entre os mesmos fantásticos
murmúrios iniciais
entre o mesmo segredo
entre a mesma ondulação
plenos e sem medo


Soares Teixeira

domingo, 6 de novembro de 2011

"NAS RUAS DA NOSSA CIDADE" - Soares Teixeira


Nas ruas da nossa cidade
existem pássaros que nos levam de um para outro sonho
existem flores que sorriem para os nossos sorrisos
existem raios de sol que embalam a nossa leveza
Nas ruas da nossa cidade não existem estradas passeios
semáforos sinais de trânsito ou passadeiras de peões
Nas ruas da nossa cidade não existem prédios nem esquinas
nem vidro nem ferro nem cimento
Nas ruas da nossa cidade as coisas são matéria por acontecer
As ruas da nossa cidade nascem dos nossos beijos
As ruas da nossa cidade são as palavras de onde nos debruçamos
As ruas da nossa cidade são o imenso poder de não termos fim
neste tumulto de seda com que nos abraçamos
As ruas da nossa cidade são o irreprimível horizonte que transborda
da grande maravilha que é sermos um excesso sempre aquém do desejo
As ruas da nossa cidade trazem em si segredos revelados
pelo ritmo de corações quentes a pulsar no nosso olhar
As ruas da nossa cidade são o vento dos nossos membros
As ruas da nossa cidade são a respiração dos nossos gestos
As ruas da nossa cidade são o absoluto dos nossos corpos
As ruas da nossa cidade são de algodão
E as almofadas dormem no chão


Soares Teixeira