terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amália

Foi há 10 anos que Amália deixou cair o xaile dentro da nossa tristeza. Amália morreu há 10 anos. Foi há dez anos que Amália partiu, tornou-se um veleiro de canto e partiu - partiu para nunca mais ir embora. Amália engrandeceu Portugal. Amália deu mais claridade e horizonte a um País e a um Povo que no jardim da distância se liberta em Fado.







Soares Teixeira

domingo, 4 de outubro de 2009

Mercedes Sosa

Morreu Mercedes Sosa. Morreu a Voz da América Latina.
Lá, no extremo do chamamento, a Voz de Mercedes dá mais luz aos astros.






Soares Teixeira

terça-feira, 8 de setembro de 2009

'Duetto buffo di due gatti'

Concha Velasco e Montserrat Caballé numa estupenda interpretação dessa delirante e cómica extravagância musical que é o 'Duetto buffo di due gatti'.




Soares Teixeira

terça-feira, 1 de setembro de 2009

II Guerra Mundial

Foi no dia 1 de Setembro de 1939 que as tropas de Hitler invadiram a Polónia. Era o começo da II Guerra Mundial. Faz hoje 70 anos. Não há palavras que bastem e ao mesmo tempo todas são excessivas. Não há gritos que bastem e ao mesmo tempo o silêncio é necessário. Todas as perguntas e todas as respostas são a chaga da mesma ferida. É como se todos os espinhos abandonassem os arbustos e se cravassem na condição humana. Dor.



Soares Teixeira

domingo, 30 de agosto de 2009

Medeia

Assisti ontem, no Teatro Romano de Mérida, a uma representação de Medeia, de Eurípedes. Blanca Portillo encarnou uma Medeia que ficará na história daquele teatro. Terrível, temível e intemporal, Medeia; a mulher que por amor a Jasão traiu o pai e matou o irmão; a mulher que não poude suportar a traição do marido; a mulher que matou os filhos; exilada no tempo; solitária, encontrou-se com o público para partilhar a sua história milenar. Ontem, em Mérida, numa superlativa direcção de Tomaz Pandur aconteceu Teatro na sua expressão máxima. Aristóteles conservou a ideia de que o Teatro deveria servir os interesses da Pólis. Eurípedes, o poeta da busca, foi mais além: libertou o teatro do seu carácter didáctico e religioso; Medeia tem nesse propósito um papel fulcral. Medeia conquista a cena, que antes fora dos deuses e envolve o espectador porque os seus sentimentos são humanos - terrívelmente humanos. Não há ali uma lição de virtude ou de moral - há uma vivência. Blanca Portillo foi uma perfeitíssima Medeia intemporal, aquela que existe em cada mulher ultrajada ao extremo. Bárbara e comovente Medeia viaja pelo tempo com os seus adorados filhos e, de vez em quando, encarna a livre escolha entre o bem e o mal, a brutal condição humana que faz com que o espectador sofra aquelas dores como se fossem suas. Ontem em Mérida aconteceu Medeia; uma Medeia inteligentemente contemporânea fazendo justa homenagem ao pensamento inovador de Eurípedes.


Abaixo um video retirado do Youtube sobre esta Medeia.



E agora uma avassaldora interpretação de Zoe Caldwell, em 1983.




Soares Teixeira

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caravela

Portugal fez-se Caravela e a vontade construiu o possível. Erguido como trigo das águas um povo navegou muito para lá de qualquer espanto. O mar que o diga. E diz. Diz e dirá, pelos tempos dos tempos - na Língua de Camões.




Soares Teixeira